quarta-feira, 10 de junho de 2009

O futuro dos animais em São Leopoldo/RS

Quem escreve o artigo de hoje é a protetora Maria Luiza Nunes, integrante do Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA). Um incentivo à reflexão e à ação!

"São Leopoldo vive um período turbulento desde que as terríveis imagens de sofrimento e abandono foram veiculadas para todo o estado. Após esse fato, ocorreu uma grande mobilização de vários setores da sociedade, doando alimentos e remédios, ajudando no trato dos animais, discutindo soluções e legislando sobre o caso. O resultado desse processo foi o comprometimento do Poder Público em assumir a tutela dos animais do município.

Tutelar significa cuidar e proteger. E, embora essa seja uma obrigação determinada por lei federal, são raros os municípios do país que assim procedem. Esse é mais um motivo para que a decisão corajosa da Prefeitura Municipal seja aplaudida e apoiada.

Mas não depende apenas do Poder Público o êxito desse projeto. Será necessário o comprometimento de todos os cidadãos e de vários setores da sociedade civil organizada. O combate ao abandono e à procriação indiscrimindada, o trabalho efetivo de esclarecimento e sensibilização nas escolas, associações de moradores e comunidade em geral e uma fiscalização atenta são elementos indispensáveis para o sucesso dessa missão.

Sabemos que a responsabilidade pelos animais em situação de rua e aqueles das populações carentes é do Poder Público Municipal. A Organização Mundial de Saúde orienta para que sejam realizadas campanhas massivas de esterilização e de educação quanto às questões de guarda responsável, bem como o registro dos animais e uma fiscalização atenta sobre o comércio de cães e gatos.

Os médicos veterinários de São Leopoldo certamente participarão de forma efetiva e fundamental nesse processo, através do apoio às ações públicas e da divulgação das informações sobre a responsabilidade para com os animais, especialmente a esterilização cirúrgica no combate à superpopulação. O objetivo é diminuir o número de cães e gatos abandonados, isso é uma questão social. Conhecendo o comprometimento e a preocupação dos nossos profissionais, temos a certeza do seu incentivo às medidas que serão adotadas pelo município.

Muito há para ser feito, e todos devem participar. O que não se pode permitir é que o ciclo de procriação e sofrimento siga ininterrupto."

Maria Luiza Nunes
Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA)

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